Em uma videoconferência do Conselho de Chefes de Governo da CEI, o vice-primeiro ministro afirmou que "continua a agressão do Azerbaijão contra Nagorno-Karabakh, com apoio militar e político direto da Turquia, atraindo terroristas de Síria e Líbia".
"Diante dos olhos de todo o mundo, o Azerbaijão se transforma em um canal de entrada para terroristas e suas ideologias no espaço da CEI", disse o dirigente armênio, citado no site do Gabinete de Ministros da Armênia.
Segundo Grigoryan, as tropas azeris lançam ataques contra todas as localidades de Nagorno-Karabakh, entre elas a capital e a cidade de Shusha, a segunda mais importante da região, destruindo a infraestrutura civil, instituições de saúde, escolas, creches e monumentos culturais e religiosos.
"Sobre a consciência dos dirigentes do Azerbaijão pesam crimes de guerra que constituem uma grande violação do direito internacional, incluído o humanitário", assinalou o vice-ministro armênio.
Grigoryan também afirmou que, apesar dos pedidos dos copresidentes do Grupo de Minsk, dos dirigentes de muitos Estados e de representantes das organizações internacionais, "o Azerbaijão violou em diversas ocasiões e segue violando os acordos sobre o cessar-fogo".
"O Azerbaijão deveria compreender que não existe solução militar do problema de Nagorno-Karabakh e que a CEI não é um espaço onde é possível difundir mentiras e falsificações", disse o vice-primeiro ministro armênio.
Nagorno-Karabakh é foco de conflito entre Armênia e Azerbaijão desde que o território, cuja população é majoritariamente armênia, decidiu se separar em 1988 da antiga República Socialista Soviética de Azerbaijão.
Baku perdeu o controle de Nagorno-Karabakh e sete distritos adjacentes após o conflito que terminou em 1994 e busca recuperar sua integridade territorial, enquanto Erevan defende os interesses da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh.