O MP pede que se investigue se a motivação da suspensão foi feita com base em protocolos e motivações objetivas ou se o órgão está sendo afetado por influências político-ideológicas.
O texto da ação, assinado pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, pede que o TCU acompanhe os processos decisórios em futuras aprovações ou suspensões de testes de vacinas de modo a assegurar uma atuação "legal, econômica, impessoal e transparente".
"Se, de fato, isso estiver ocorrendo, a saúde da população brasileira está sendo colocada em risco para suprir anseios políticos", afirma Furtado. "Já não bastasse o risco de um vírus fatal no âmago da nossa sociedade. Agora, ao que parece, a luta é contra outros vírus: a guerra política brasileira. E a população segue esquecida", diz.
A paralisação dos estudos clínicos da CoronaVac foi anunciada pela Anvisa na noite de segunda-feira (9). Segundo a agência, a decisão ocorreu devido ao registro de um evento adverso grave.
No entanto, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte do voluntário dos testes do imunizante foi suicídio.