Em diálogo sobre a Líbia, partes concordam com plano para unificar poderes

Os participantes do diálogo sobre a Líbia na Tunísia concordaram com um plano para unificar as autoridades no país, informaram nesta quarta-feira (11) as Nações Unidas.
Sputnik

O Fórum de Diálogo sobre a Líbia, estabelecido sob o auspício da Missão de Apoio da ONU na Líbia, conta com a participação de 75 delegados de vários setores da sociedade líbia. As conversas começaram na segunda-feira (9), na cidade turística de Gammarth, nos arredores da capital da Tunísia. Segundo a agenda original da missão, as conversas devem ser concluídas até 16 de novembro.

Os participantes do diálogo concordaram com um plano apresentado para unificar as entidades governamentais e também chegaram a um acordo para realizar eleições em até no máximo 18 meses depois do início do período de transição, disse a representante especial interina do Secretário-Geral da ONU para a Líbia, Stephanie Williams, em uma conferência de imprensa.

Gravação ao vivo: coletiva de imprensa da representante especial interina do Secretário-Geral da ONU para a Líbia Stephanie Williams sobre o progresso do Fórum de Diálogo Político sobre a Líbia.

De acordo com o plano, a mesa de diálogo político sobre a Líbia deve concluir com a seleção dos integrantes do novo conselho presidencial e do governo do país. O conselho consistirá em um líder e dois vices. Cada um dos conselheiros representará uma das três regiões históricas da Líbia, Tripolitania, Cyrenaica e Fezzan. O chefe de governo e seus dois vices também representarão diferentes regiões.

Após a aprovação da composição do governo pela Câmara dos Deputados da Líbia e pelo Conselho Supremo de Estado, está previsto o começo de um período de transição, que não poderá exceder 18 meses e deverá necessariamente terminar com eleições presidenciais e parlamentares.

Muito líbios são críticos do processo de negociação ou o veem com ceticismo. O principal descontentamento entre políticos e cidadãos é a inclusão de nomes que não eram conhecidos antes no país na lista de negociadores, além de um grupo grande de apoiadores da Irmandade Muçulmana (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países).

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