João Alberto Silveira Freitas foi morto por dois seguranças brancos na noite desta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. O homem foi espancado por seguranças de uma loja da empresa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Em São Paulo, imagens e vídeos dos protestos foram colocados nas redes sociais e mostram os manifestantes ateando fogo em prateleiras e jogando pedras contra a loja do Carrefour na rua Pamplona, nos Jardins, área nobre de São Paulo.
O corpo de Freitas foi levado aos Departamentos de Criminalística e Médico-legal, na noite de quinta-feira (19), e foi liberado para os familiares na tarde de sexta-feira (20).
As análises iniciais do Instituto Geral de Perícias do RS (IGP-RS) apontam para a possibilidade de asfixia como causa da morte de João Alberto Silveira Freitas.
Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, seguranças flagrados pelas imagens das câmeras, foram presos em flagrante e tiveram a prisão preventiva decretada.
Em Porto Alegre, manifestantes jogam coquetel molotov contra hipermercado
Manifestantes protestaram na tarde desta sexta-feira (20) em frente ao hipermercado Carrefour no bairro Passo d’Areia, zona norte de Porto Alegre, unidade em que João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte.
Cartazes, bandeiras e faixas destacavam que "vidas negras importam", enquanto milhares de manifestantes exigiram Justiça pelo assassinato.
Na parte da tarde, os manifestantes fizeram rimas contra o racismo.
Já na parte da noite, parte do grupo jogou pedras e coquetel molotov contra a unidade.
Policiais atiraram bombas de efeito moral contra os manifestantes.
No Rio de Janeiro os manifestantes gritavam: 'Parem de nos matar'
No Rio, dezenas de manifestantes fizeram um protesto no supermercado Carrefour da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Aos gritos de "Assassino, Carrefour", eles chegaram a protestar até mesmo dentro do supermercado, pedindo para que a unidade fechasse.
Antes, o grupo se posicionou no estacionamento que fica em frente ao supermercado e exibiu faixas com dizeres como "Parem de nos matar" e "Sem Justiça, sem paz". A manifestação ocorreu de forma pacífica.
Brasilienses pediram fechamento da loja do Carrefour
Em Brasília, as manifestações se concentraram no Carrefour localizado na Asa Sul. O ato começou na rua e depois entrou na unidade para pedir seu fechamento.