Os projéteis foram lançados de diversos automóveis, relatou o porta-voz do Ministério do Interior, Tariq Arian. O ataque também atingiu o bairro de Wazir Akbar Khan, onde estão situadas várias missões diplomáticas.
Pelo menos um dos projéteis atingiu a embaixada iraniana, que informou através do Twitter que os estilhaços danificaram janelas e equipamentos.
"Por sorte não houve vítimas e todo o pessoal está bem'', afirmou a missão diplomática iraniana em um comunicado.
Sinais/ provas da guerra por procuração dos terroristas aliados dos EUA no ataque com mísseis de hoje (21) contra a Embaixada da República Islâmica do Irã.
O braço afegão do Daesh - grupo terrorista que se autodenomina Estado Islâmico e é proibido na Rússia e em outros países - assumiu a autoria do ataque, segundo o SITE Intelligence Group, uma organização que monitora o conflito. O Daesh realizou vários atentados recentes em Cabul, inclusive um contra instituições acadêmicas, que deixou dezenas de mortos, muitos deles estudantes.
O ataque de hoje (21) ocorre no momento em que representantes do governo afegão e dos insurgentes talibãs (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) estão envolvidos em um processo de paz no Qatar.
O Paquistão, cujo primeiro-ministro Imran Khan visitou Cabul na última terça-feira (17) pela primeira vez desde que assumiu o cargo, condenou o atentado e advertiu que "é importante ter atenção com estes sabotadores que estão tentando atrapalhar o processo de paz'', mas não especificou a quem se referia com "sabotadores''.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, esteve em Doha neste sábado (21) para tentar persuadir as partes em conflito a reduzirem a violência. O Talibã, no entanto, vem ignorando esses pedidos até agora.
Segundo a AP, Pompeo disse à delegação oficial do governo afegão que os Estados Unidos, por hora, "vão se afastar e ajudarão onde for possível''.
O secretário de Estado também se reuniu com o cofundador do Talibã, mulá Abdul Ghani Baradar, que assinou o acordo de paz com Washington em fevereiro, antes das negociações entre o Talibã e o governo afegão.
Imagem divulgada no perfil de Mohammad Naeem no Twitter que mostra Pompeo com os negociadores do Talibã.
O porta-voz do grupo insurgente, Mohammad Naeem, escreveu no Twitter que mais libertações de prisioneiros foram discutidas na reunião, além daquelas com as quais os dois lados em conflito se comprometeram antes das negociações de paz sob o acordo dos EUA.
Naeem disse que o Talibã também repetiu sua exigência de que os líderes da organização sejam removidos da lista de sanções das Nações Unidas. O porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, emitiu um comunicado neste sábado atacando o governo afegão por solicitar à ONU que mantivesse as sanções contra os líderes talibãs.