"O mundo caminha para níveis alarmantes de desigualdade" em cada um dos países e em nível "global entre os países que vivem realidades diferentes", assinalou Fernández durante sua intervenção por videoconferência.
O chefe de Estado argentino considerou que "a pandemia deixou em evidência essa desigualdade", e que esta deve ser combatida "para que possamos viver em um mundo mais equilibrado".
Foto de família dos líderes do G20 na cúpula de Riad
Na Argentina, o governo pôde atender a todos que necessitam de apoio do Estado, mesmo "em uma situação de extrema debilidade", disse Fernández, ao recordar que sua gestão assumiu em dezembro de 2019.
O chefe de Estado acrescentou que o Executivo fez "um enorme esforço fiscal" que deverá se regularizar no futuro.
"Para isso, é muito importante, efetivamente, a ação do mundo e dos organismos internacionais de crédito", observou Fernández durante sua participação na reunião anual do G20, que acontece hoje (21) e amanhã (22) sob o lema "aproveitar as oportunidades do século XXI para todos".
Para o presidente argentino, o mundo deve se expandir financeiramente, de modo "que essa expansão financeira chegue a países como a Argentina, para poder, dessa maneira, ordenar os desequilíbrios que a pandemia" gerou na economia.
Ao requisitar investimentos para conter as consequências do surto de COVID-19, o mandatário argentino assegurou que sua intenção é implementar políticas públicas para fortalecer a economia e manter a estabilidade financeira.
"Para isso, vamos utilizar todas as ferramentas fiscais, monetárias e regulatórias que estejam a nosso alcance", afirmou Fernández.
Em seu discurso, o presidente argentino também dedicou algumas palavras de agradecimento à Rússia e seu presidente, Vladimir Putin, ao assinalar que espera que a vacina Sputnik V "chegue em tempo e forma à Argentina".
O governo argentino afirmou neste sábado (21) que acredita que assinará na próxima semana o acordo com as autoridades russas para adquirir a Sputnik V.
Em entrevista à emissora Radio 10, o chefe de gabinete do Executivo, Santiago Cafiero, afirmou que o governo tem a "expectativa de estar firmando o contrato na semana que vem".
Cafiero acrescentou que o trabalho com os representantes russos caminha de maneira satisfatória, sobretudo depois da conversa que Alberto Fernández teve com Vladimir Putin em 6 de novembro.