Se a teoria estiver correta, tal significa que as estrelas, por si mesmas, não podem explicar o brilho das galáxias infravermelhas mais luminosas. Esta pesquisa foi publicada em uma edição especial da Astronomy & Astrophysics.
Depois do Universo ter surgido resultante do Big Bang, há 13,8 bilhões de anos, galáxias cheias de estrelas começaram a se formar com relativa rapidez, cerca de três bilhões de anos depois. Havia muito gás circulando, então uma pequena porção dessas primeiras galáxias foi capaz de crescer em galáxias massivas e hiperluminosas, com o brilho de dez trilhões de sóis. Como as reservas de gás se esgotaram com o tempo, menos galáxias poderiam crescer a um ritmo rápido.
Quando os astrônomos observaram o Universo com o telescópio espacial infravermelho Herschel, logo perceberam que, em boa parte, sua teoria tinha sido provada. No entanto, em termos de números absolutos, parecia haver mais do que uma ordem de magnitude a mais de galáxias infravermelhas hiperluminosas, tanto no início do Universo quanto em épocas mais recentes.
Porém, a resolução espacial do Herschel não conseguiu desvendar todas as galáxias individuais, pelo que os cientistas poderão não estar totalmente certos.
Uma equipe internacional de astrônomos, liderada por Lingyu Wang da SRON e da Universidade de Groningen, agora usa o telescópio LOFAR – com resolução espacial mais alta – para distinguir galáxias individualmente. Os cientistas descobriram que, de fato, existe mais de uma ordem de magnitude de galáxias hiperluminosas do que a teoria prevê. Com uma incerteza de fator dois, afirmam que é necessário procurar outra teoria.
A equipe realizará este estudo de acompanhamento usando o observatório Keck, no estado americano do Havaí, que possui um telescópio óptico que fornece espectros. A partir destes, os astrônomos deduzem o desvio para o vermelho, observando quantos comprimentos de onda as marcas características mudaram. No final, isso lhes dará dados mais precisos sobre as galáxias em estudo.