A campanha de Trump, presidente dos EUA, revelou no sábado (22) que avançará com um "recurso rápido" após o arquivamento da ação judicial que exigia o descarte de cédulas por correspondência no estado da Pensilvânia.
"A decisão de hoje acaba nos ajudando em nossa estratégia de chegar rapidamente à Suprema Corte dos EUA", diz o comunicado do advogado Rudy Giuliani e de Jenna Ellis, conselheira jurídica sênior da campanha de Trump.
"Buscaremos um recurso rápido para o Terceiro Circuito [corte de apelação que inclui o estado da Pensilvânia]. Há tantas evidências que, na Pensilvânia, os democratas impediram que apresentássemos 50 testemunhas e outras evidências de que os funcionários eleitorais ignoraram descaradamente a lei da Pensilvânia, negando uma revisão independente".
Giuiliani e Ellis afirmaram que isto era "apenas uma extensão das grandes empresas tecnológicas, da grande mídia e da corrupta censura democrata de fatos condenáveis que o público americano precisa saber". Os advogados de Trump também expressaram desapontamento por não terem tido a oportunidade de "apresentar nossas provas" em uma audiência.
No início do dia (22), o juiz federal Matthew Brann arquivou o processo, marcando um novo fracasso da campanha do Trump em contestar os resultados eleitorais.
" [...] Foram apresentados a esta corte argumentos legais forçados sem mérito e acusações especulativas, sem fundamento na reclamação operativa e sem suporte de provas. Nos Estados Unidos da América, isto não pode justificar a privação de um único eleitor, muito menos de todos os eleitores, de seu sexto estado mais populoso", diz o acórdão, negando possibilidade de o caso voltar a ser levado ao tribunal.
Outras ações judiciais
Os republicanos Mike Kelly e Sean Parnell entraram no início do sábado (22) com um processo no Tribunal da Comunidade da Pensilvânia pedindo para declarar a votação universal por correio inconstitucional e rejeitar a maioria dos votos da Pensilvânia nas eleições americanas.
O advogado democrata Marc E. Elias rotulou o processo de "frívolo", provocando uma reação rápida de Donald Trump.
Isto não é de forma alguma frívolo. É trazido em nome de um dos membros mais respeitados do Congresso dos Estados Unidos que está enojado, como tantos outros, por uma Eleição que é uma confusão fraudulenta. Votações falsas, pessoas mortas votando, proibição de observadores eleitorais republicanos e muito mais!
URGENTE: O congressista republicano Mike Kelly entrou com uma nova ação judicial frívola na Pensilvânia procurando impedir o estado de certificar os resultados eleitorais e fazer com que o legislador estadual escolha os eleitores. Isto é absolutamente vergonhoso.
A ação na Pensilvânia é apenas uma das dezenas de ações judiciais iniciadas pela campanha de Trump na tentativa de reverter os resultados eleitorais projetados, que dão a vitória a Joe Biden. Trump vem alegando fraude eleitoral maciça desde a noite da eleição em 3 de novembro.
As eleições presidenciais norte-americanas de 2020 tiveram a maior participação desde 1900, em parte devido a uma quantidade de votos por correspondência sem precedentes, defendida pelos democratas como uma forma mais segura de votar em meio à pandemia do coronavírus no país e que teve a oposição veemente de Trump e de muitos outros republicanos por potencialmente levar a fraude eleitoral.