Neste domingo (22), o porta-voz das Forças Armadas etíopes, coronel Dejene Tsegaye, disse ao canal EBC, conforme cita a agência Reuters, que o país está preparado para "usar tanques", a fim de capturar a cidade de Mekelle, capital da região de Tigré, ocupada pelas forças da Frente Popular para a Libertação de Tigré (TPLF, na sigla em inglês).
"As próximas fases são a parte decisiva da operação, que é cercar Mekelle usando tanques, finalizando a batalha nas áreas montanhosas e avançando para os campos", afirmou Tsegaye.
As Forças Armadas da Etiópia alertaram os civis sobre o possível uso de artilharia na cidade. Contudo, segundo a agência, a TPLF declarou que suas forças estavam se mantendo firmes contra as tropas federais na frente sul.
De acordo com a Reuters, as forças etíopes anunciaram ter tomado a cidade de Idaga Hamus, a 97 quilômetros de Mekelle, porém a agência não pôde confirmar a informação.
"Nossa força de festa tomou o controle da cidade de Idaga Hamus, que se encontra na estrada entre Adigrat e Mekelle. A força de defesa está avançando para capturar Mekelle, que é o objetivo final da operação", afirmaram os militares etíopes.
As afirmações dos lados em conflito são difíceis de verificar porque as comunicações telefônicas e pela Internet têm estado interrompidas desde o início dos combates, em 4 de novembro.
Operação militar continua na Etiópia
O governo federal tem levado suas forças cada vez mais para o interior da religião de Tigré, que está, de fato, sob controle da TPLF, descrita pelas autoridades etíopes como "junta militar".
Os combates entre as forças federais e a TPLF começaram no início de novembro deste ano, quando o governo de Addis Abeba acusou os rebeldes de atacarem uma base militar na região.
Segundo o embaixador etíope na Rússia, Alemayehu Tegenu, a operação foi conduzida com "máxima atenção para proteger o civis", apesar dos riscos manifestados por autoridades da ONU sobre a deterioração da situação humanitária no norte do país, que fez com que muitos milhares de pessoas deixassem a Etiópia nas últimas semanas para países vizinhos.