Ken Dark, professor de arqueologia e história da Universidade de Reading, no Reino Unido, apontou que identificação das ruínas do Convento das Irmãs de Nazaré como a casa de José (pai de Jesus) foi eliminada pelos arqueólogos na década de 1930 e rejeitada pelos estudiosos desde então, de acordo com o jornal britânico The Times.
Mas que, no entanto, após 14 anos realizando pesquisas de campo no local, foi confirmado pela primeira vez que o convento se encontra acima de uma casa datada do século I, em um local que é considerado o lugar onde cresceu Jesus, pelo o menos, desde os anos 380.
Há um forte indício de que uma casa bem preservada do século I, escavada em Nazaré, era a casa da infância de Jesus, afirmou um arqueólogo britânico.
A casa está bem preservada e sobreviveu com porções significativas de seus vestígios, incluindo uma escadaria cortada na rocha que provavelmente abrangia depósitos em torno de um pátio e um terraço na cobertura.
De acordo com o professor, a excelente habilidade manual da construção e a compreensão estrutural da rocha são compatíveis com uma casa que possa ter sido construída por um carpinteiro, que era justamente a profissão de José segundo os evangelhos.
No livro do professor Dark "Convento das Irmãs de Nazaré: um local do período romano, bizantino e cruzado em Nazaré Central" está indicado que uma caverna de igreja decorada com mosaicos foi construída na encosta da colina perto dos restos da casa no século IV, época em que o cristianismo foi adotado como a religião oficial do Império Romano sob regência do imperador Constantino.
O fato é que esta igreja é maior do que a igreja vizinha, a Igreja da Anunciação, e fica no lugar onde, durante o período bizantino, os cristãos acreditavam ser o local no qual o arcanjo Gabriel visitou Maria para dizer que ela daria à luz ao "Filho do Altíssimo". Esse fato ressaltou o significado dos vestígios da casa.
O professor Dark enfatizou que embora não houvesse prova de que a casa era de Jesus, nunca poderia haver em nenhum sítio arqueológico, dada a falta de evidências, como inscrições nas casas de artesãos galileus do século I.