Tubarões pré-históricos possuíam mandíbulas giratórias (FOTO)

Tubarões pré-históricos possuíam a peculiar capacidade de girar suas mandíbulas para capturar suas presas, revela pesquisa.
Sputnik

Muitas espécies modernas do animal, como o tubarão branco, contam com uma série de dentes triangulares serrilhados, usados para triturar suas vítimas. Segundo algumas estimativas, está espécie pode chegar a ter mais de 20 mil dentes durante sua vida, com dentes novos continuamente substituindo os antigos, à medida que se vão perdendo durante ataques.

Porém, de acordo com um estudo de uma equipe internacional de paleontologistas, publicado pela revista Communications Biology, boa parte dos tubarões pré-históricos, que viveram entre 300 e 400 milhões de anos atrás, contavam com uma habilidade ainda mais incrível: mover e girar suas mandíbulas.

Esta característica evolucionária permitiu aos ancestrais dos peixes cartilaginosos usarem seus dentes maiores e mais afiados, que, de outra forma, estariam escondidos e inclinados para dentro.

A surpreendente descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Zurique (Suíça) e Universidade de Chicago (EUA) que reconstruíram um fóssil de 370 milhões de uma espécie anteriormente desconhecida, encontrada no Marrocos.

Tubarões pré-históricos possuíam mandíbulas giratórias (FOTO)

Os especialistas chamaram a nova espécie de Ferromirum oukherbouchi e, com a ajuda de tomografias computadorizadas, foram capazes de construir um modelo da mandíbula do animal marinho.

Diferentemente dos humanos, sua mandíbula podia se mover para dentro e para fora. Conforme realizava estes movimentos, o tubarão apresentava uma série de dentes maiores e mais recentes, que estavam escondidos quando fechava a boca.

A pesquisadora Linda Grey, uma das autoras do estudo, afirma, conforme cita o tabloide Express: "Através desta rotação, os dentes maiores, mais recentes e afiados, que normalmente estavam inclinados para dentro da boca, eram posicionados em uma posição frontal, o que tornava mais fácil para estes animais imobilizar suas vítimas".

O Ferromirum oukherbouchi media somente em torno de 33 centímetros de comprimento e contava com olhos desproporcionalmente grandes, ocupando 30 por cento da caixa craniana do predador.

De acordo com Christian Klug, paleontologista da Universidade de Zurique, "o fóssil excelentemente preservado que examinamos é uma espécie única".

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