A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul entrou com uma ação civil pública coletiva em que pede indenização de R$ 200 milhões para a rede Carrefour e para a empresa de segurança Vector, por danos morais coletivos e sociais.
Segundo a Defensoria Pública, o valor deverá ser destinado a fundos de defesa do consumidor e de combate à discriminação.
A ação faz ainda outros pedidos, de acordo com o G1. Entre eles, que a rede Carrefour apresente, em dez dias, um plano de combate ao racismo; a adoção de campanhas de conscientização nas redes sociais; e a afixação de ao menos dez cartazes em cada unidade da rede Carrefour, que destaquem que racismo é crime e que mostrem em evidência o "disque 100", número para denúncias.
"A dimensão do dano social é imensa. Não apenas no estado, mas no país e no mundo", disse, segundo o portal UOL, o defensor público Rafael Pedro Magagnin, do núcleo de Defesa do Consumidor e Tutelas Coletivas.
A ação foi movida em decorrência da morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, espancado e asfixiado por dois seguranças brancos no estacionamento de uma unidade da rede varejista, na última quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra.
Além dos dois seguranças, foi presa também uma agente de fiscalização do supermercado, por omissão em relação ao caso. As imagens mostram a mulher ao lado dos seguranças, sem interferir no espancamento.