Segundo reportagem do portal UOL, dificuldades políticas na capital libanesa e a complexidade logística da operação dificultam a entrega.
A oferta do governo brasileiro surgiu após uma grande explosão no porto de Beirute, ocorrida em 4 de agosto, que deixou 6.500 feridos e mais de 200 mortos, além de um rastro de destruição em edificações e infraestrutura.
A explosão alcançou potência equivalente a entre 500 e 1.100 toneladas de TNT, aproximadamente uma vigésima parte da que teve a bomba atômica lançada em Hiroshima em 1945.
A doação será feita por meio do Programa Mundial de Alimentação da ONU (Organização das Nações Unidas), responsável por organizar o frete do arroz. A ABC (Agência Brasileira de Cooperação), que deverá pagar pelo transporte, está conversando com o órgão das Nações Unidas sediado em Roma.
Temer chefiou comitiva
Ainda de acordo com a matéria do UOL, diplomatas acreditam que a entrega possa ser realizada entre dezembro e janeiro, mas ainda não há uma data definida para o envio do alimento para a agência. O responsável pela disponibilização da carga será a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que ainda não foi acionada pelo Itamaraty.
Logo após a explosão, Bolsonaro anunciou a ajuda para o Líbano. O ex-presidente Michel Temer, que tem descendência libanesa, foi o encarregado de chefiar a missão brasileira para Beirute.
Em 14 de agosto, Temer se reuniu na capital libanesa com autoridades locais. Uma aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB), entregou seis toneladas de materiais, entre medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos, doados pelo Ministério da Saúde e pela comunidade libanesa no Brasil. Outro avião da FAB, o Embraer 190, levou os integrantes da comitiva.