Embora a descoberta tenha sido feita em 2018, os detalhes só foram anunciados nesta semana após conclusão dos estudos arqueológicos, incluindo a reconstrução digital do rosto da jovem, que se atrasaram devido à pandemia.
Os especialistas lhe atribuíram um nome – Wayaw (salgueiro em quéchua). A mulher tinha 1,48 m de altura e acredita-se que morreu por causas naturais.
Tal como milhares de trabalhadoras peruanas na atualidade, ela era fiandeira, disse ao portal France 24 Cecilia Camargo, a arqueóloga chefe da escavação.
"Ela foi uma artesã, não da elite, que se dedicava a um trabalho tão nobre como é o tecido, [usando] técnicas que se preservaram até hoje", afirmou arqueóloga.
"Ela era como muitas mulheres da atualidade que trabalham com tecidos em San Juan de Lurigancho", acrescentou.
A mulher foi encontrada em posição fetal, enterrada junto a objetos têxteis e decorativos, como um alfinete de prata e pulseiras com conchas de mariscos.
Uma das evidências de que ela se ocupava desta profissão é que os ossos dos ombros e da anca estavam desgastados.
Seu crânio apresenta uma deformação, uma característica típica em certos povos que naquela época viviam na região que atualmente é o Peru, já que para distinguir as crianças lhes colocavam na cabeça tábuas, panos e cordas.