COVID-19: inteligência artificial prevê 96% dos casos que exigirão cuidados intensivos, diz estudo

À medida que as unidades de terapia intensiva atingem a capacidade máxima em muitas partes do mundo, médicos estão tendo que tomar decisões difíceis sobre quem vai conseguir uma cama.
Sputnik

Uma equipe de engenheiros desenvolveu um algoritmo capaz de prever com sucesso se um paciente com COVID-19 precisará ou não de intervenção na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Esta abordagem baseada em inteligência artificial (IA) pode ser uma ferramenta valiosa para determinar um curso adequado de tratamento para pacientes individuais. Os cientistas relatam o desenvolvimento do algoritmo em um artigo publicado na revista científica Medical Image Analysis.

O novo algoritmo combina imagens de tomografia computadorizada do tórax com informações demográficas, sinais vitais e exames de sangue do paciente. "Até onde sabemos, este é o primeiro estudo que usa informações holísticas de um paciente, incluindo dados de imagem e não-imagem para previsão de resultados", afirmam os autores em comunicado.

COVID-19: inteligência artificial prevê 96% dos casos que exigirão cuidados intensivos, diz estudo
"Como praticante de IA, acredito em seu poder […]. Isso realmente nos permite analisar uma grande quantidade de dados e também extrair os recursos que podem não ser tão óbvios ao olho humano", comenta Pingkun Yan, coautor do estudo.

O algoritmo foi testado com 295 pacientes de três hospitais diferentes, um nos EUA, outro no Irã e outro ainda na Itália. Os cientistas foram capazes de comparar as previsões do algoritmo com que tipo de tratamento um paciente realmente acabou precisando. Mesmo nesses estágios iniciais, a IA foi capaz de prever até 96% de todos os casos de COVID-19 que exigiriam admissão na UTI.

"Este trabalho crítico, liderado pelo professor Yan, oferece uma solução acionável para os médicos que estão no meio de uma pandemia mundial", garante Deepak Vashishth, diretor do Centro de Biotecnologia e Estudos Interdisciplinares (CBIS, na sigla em inglês) do Instituto Politécnico Rensselaer, EUA, onde o algoritmo foi desenvolvido.

Comentar