De acordo com a pasta, na primeira fase serão imunizados quatro grupos: pessoas acima de 75 anos, profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
Na segunda etapa serão imunizados as pessoas de 60 a 74 anos. Em seguida, as vacinas serão aplicadas em pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares)
Na fase quatro, serão vacinados professores, membros de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.
Plano ainda é 'preliminar'
"É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica de cada região", disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, segundo o portal G1.
O Ministério da Saúde ressaltou que o governo tem garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões).
O governo de São Paulo, por sua vez, firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, e para a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan. O imunizante chinês não foi citado pelo ministério.
A pasta informou ainda que, "no mês passado, sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer e BioNTech, Moderna, Bharat Biotech [Covaxin] e Instituto Gamaleya [Sputnik V], que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística".
Vacinas termoestáveis
Mais cedo, o secretário de Vigilância em Saúde disse que o plano terá como meta a adoção de imunizantes que não precisem de baixíssimas temperaturas de armazenamento, o que inviabilizaria o uso das vacinas da Pfizer e da Moderna.
O governo não espera conseguir imunizar toda a população no ano de 2021. O início do plano ainda depende da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar alguma vacina.