Documentos sugerem que China escondeu casos de COVID-19 em 2019, diz mídia

Documentos confidenciais do Centro Provincial de Controle e Prevenção de Doenças de Hubei, na China, sugerem que o país asiático escondeu informações sobre o avanço da COVID-19 em 2019.
Sputnik

O vírus foi identificado ainda no final de 2019 em Wuhan, na província de Hubei e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada em 31 de dezembro sobre vários casos de pneumonia.

Os documentos foram obtidos e divulgados pela rede americana CNN nesta terça-feira (1º) através de uma pessoa que trabalhou no sistema de saúde chinês e pediu para não ser identificada.

O arquivo cobre um período incompleto entre outubro de 2019 e abril deste ano.

Documentos sugerem que China escondeu casos de COVID-19 em 2019, diz mídia

O material indica que houve discrepância nos números oficiais de casos confirmados do novo coronavírus. No dia 10 de fevereiro, por exemplo, as autoridades chinesas relataram 2.478 novos casos confirmados. No entanto, o relatório lista um total de 5.918 novos casos detectados, mais do que o dobro do número divulgado.

Esse número interno era dividido em subcategorias: 2.345 eram de "casos confirmados", 1.772 de "casos clinicamente diagnosticados" e 1.796 de "casos suspeitos".

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Ainda não está claro o motivo que levou os artigos específicos a serem selecionados ou como a fonte obteve os papéis.

Outro ponto destacado pelos documentos obtidos pela CNN é a imprecisão nos testes. Em 10 de janeiro, durante uma auditoria em instalações de teste, as autoridades relataram que os kits de exames usados ​​para diagnosticar o novo vírus eram ineficazes, apontando regularmente falsos negativos. Além disso, de acordo com os papéis, havia falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Os registros apontam para a existência em 2019 de cerca de 200 "casos confirmados" e "casos clinicamente diagnosticados".

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O governo chinês disse à OMS, no entanto, que foram registrados só 44 "casos de pneumonia de etiologia desconhecida" até 3 de janeiro de 2020.

De acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins, a COVID-19 já infectou 63.384.168 pessoas ao redor do planeta e deixou 1.470.971 mortos desde o início da pandemia.

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