Conforme publicou o portal UOL, a medida governamental seria motivada pelo fim do auxílio emergencial que, reduzido de R$ 600,00 para R$ 300,00 desde setembro, paga sua última parcela em dezembro deste ano. Outras medidas como o auxílio-creche e prêmios de até R$ 1.000,00 para bons alunos se incluem nesse rol de ações pós-auxílio emergencial.
Apesar de a proposta estar em discussão, detalhes importantes como se a fonte dos recursos virá da União ou da Caixa Econômica Federal ainda não foram definidos. O governo também avalia onde será alocado o risco do crédito e estuda, caso opte por colocar recursos no programa, criar um fundo nos moldes do que já foi criado anteriormente para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Mesmo assim, já se sabe que o orçamento inicial do programa não deve passar de dois bilhões de reais. Ainda segundo o UOL, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, já declarou que pretende transformar o Caixa Tem, parte do banco público, em um banco digital, e entre os produtos oferecidos estaria o crédito de R$ 1.000,00.
Entre as preocupações levadas ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o gestor do Bolsa Família, está o temor pela inadimplência e a transformação do crédito em consumo imediato. Apesar disso, sabe-se que as taxas de inadimplência dessa modalidade de crédito são baixas e menores que as do crédito para pessoa física e também para o crédito pessoal.
O Ministério da Cidadania já oferece cursos gratuitos de capacitação e acesso a microcrédito aos beneficiários do Bolsa Família e também aos inscritos no Cadastro Único. A avaliação, porém, é de que a adesão ao crédito e aos cursos é baixa.