Festas de estudantes na África do Sul fazem disparar casos de COVID-19

Organizadas anualmente, as festas "Rage" são populares entre milhares de alunos. Organizadores disseram que estavam trabalhando para garantir a segurança, com menos pessoas do que o normal esperado.
Sputnik

O governo da África do Sul se mobilizou neste domingo (6) para condenar uma série de festas de fim de ano frequentadas por jovens estudantes, que, segundo as autoridades, estão propagando a COVID-19 pelo país a uma velocidade assustadora.

As informações foram confirmadas pela Reuters.

A África do Sul pediu aos estudantes que participaram de uma série de festas, chamadas "Rage" de fim de ano, a entrarem em dez dias de quarentena após identificar quatro dessas festas como "eventos super espalhadores" da COVID-19.

O país está experimentando um ressurgimento de novos casos do coronavírus no Cabo Ocidental e no Cabo Oriental. Diante destes fatos, o presidente Cyril Ramaphosa anunciou na quinta-feira (3) novas restrições e medidas de isolamento social para todo país.

Festas de estudantes na África do Sul fazem disparar casos de COVID-19
"Confirmamos que já identificamos uma série de casos confirmados de COVID-19 decorrentes desses eventos de super-propagação", disse o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, em um comunicado.

"Agora pedimos a todos os participantes destas festas que entrem imediatamente em quarentena de 10 dias. Também pedimos que os participantes testem para a COVID-19", concluiu o ministro.

A África do Sul registrou mais de 800 mil infecções por coronavírus e mais de 21 mil mortes relacionadas à COVID-19.

Mera coincidência?

No Brasil, de acordo com publicação do jornal O Globo neste domingo (6), a COVID-19 avança principalmente entre pessoas na faixa dos 15 a 29 anos. Dos 1.250.590 casos de coronavírus confirmados até 1º de dezembro, 307.685 correspondem ao grupo de zero a 29 anos.

A matéria sustenta que os jovens são os maiores transmissores potenciais da doença. Com a chegada das festas de fim de ano, em que as famílias se reúnem, eles podem se tornar agentes transmissores do vírus para os mais vulneráveis, como pais, avós e tios. A publicação indica que adolescentes e jovens vêm relatando um clima de pressão para retomar atividades de lazer.

Festas de estudantes na África do Sul fazem disparar casos de COVID-19
Comentar