Em entrevista publicada pelo jornal Al-Alam, Abdollahian ressaltou que Rússia e China não seguiram as sanções unilaterais mesmo enfrentando restrições em determinadas questões.
"Quero enfatizar que por vários anos após a retirada dos Estados Unidos do Plano Conjunto de Ação Integral, assistimos à traição do Reino Unido, França e Alemanha em relação ao JCPOA, enquanto as ações da China e da Rússia em relação ao Irã eram diferentes - eles não seguiram as sanções unilaterais dos EUA, embora enfrentassem restrições em algumas questões", disse.
Segundo o político, Moscou e Pequim se comportaram com discrição política enquanto os países europeus "só brincaram com o Irã, dizendo belas palavras e fazendo belos gestos".
Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e União Europeia. O acordo exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse severamente suas reservas de urânio em troca do fim de sanções, incluindo o levantamento do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.
Em 2018, já sob a gestão do presidente norte-americano Donald Trump, os EUA abandonaram sua postura conciliatória sobre o Irã, retirando-se do JCPOA e subindo o tom na política contra Teerã, incluindo a imposição de sanções unilaterais contra o país.