JCPOA: europeus traíram o Irã, mas Rússia e China enfrentaram os EUA, diz político iraniano

Rússia e China se recusaram a seguir as sanções dos Estados Unidos contra o Irã, impostas após a retirada de Washington do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA, na sigla em inglês), disse, nesta terça-feira (8), Hossein Amir Abdollahian, o Assistente do Presidente do Parlamento Iraniano para Assuntos Internacionais.
Sputnik

Em entrevista publicada pelo jornal Al-Alam, Abdollahian ressaltou que Rússia e China não seguiram as sanções unilaterais mesmo enfrentando restrições em determinadas questões.

"Quero enfatizar que por vários anos após a retirada dos Estados Unidos do Plano Conjunto de Ação Integral, assistimos à traição do Reino Unido, França e Alemanha em relação ao JCPOA, enquanto as ações da China e da Rússia em relação ao Irã eram diferentes - eles não seguiram as sanções unilaterais dos EUA, embora enfrentassem restrições em algumas questões", disse.

Segundo o político, Moscou e Pequim se comportaram com discrição política enquanto os países europeus "só brincaram com o Irã, dizendo belas palavras e fazendo belos gestos".

JCPOA: europeus traíram o Irã, mas Rússia e China enfrentaram os EUA, diz político iraniano

Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA, Alemanha e União Europeia. O acordo exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse severamente suas reservas de urânio em troca do fim de sanções, incluindo o levantamento do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.

Em 2018, já sob a gestão do presidente norte-americano Donald Trump, os EUA abandonaram sua postura conciliatória sobre o Irã, retirando-se do JCPOA e subindo o tom na política contra Teerã, incluindo a imposição de sanções unilaterais contra o país.

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