"A pele ao redor do focinho, olhos e ouvido interno absorvem a luz ultravioleta [um tipo de luz que é naturalmente abundante, mas invisível ao olho humano] e a reemite como luz azul visível", explica o técnico do Jardim Zoológico de Toledo, Jake Schoen. "Não está claro se tem algum propósito ecológico ou se é apenas um acaso", acrescenta.
A instituição destaca que, devido aos hábitos predominantemente noturnos desta espécie, é possível que ela não encontre níveis ultravioleta que induzam sua fluorescência na natureza, detalhando que tanto o diabo-da-tasmânia quanto outras espécies com as quais interage – incluindo predadores e presas, podem não ser capazes de detectar a luz ultravioleta ou a fluorescência resultante.
Uma 'adaptação funcional'?
"Mesmo que a biofluorescência ocorra naturalmente e seja detectável por uma espécie, ela também precisaria influenciar seu comportamento para ser considerada uma adaptação funcional", continua o comunicado, ressaltando que se deve ter cautela ao interpretar estes achados.
Por outro lado, o Zoológico de Toledo destaca que recentemente foi descoberto que esse fenômeno peculiar também ocorre em outros mamíferos australianos como o ornitorrinco, o uombat, o gambá-da-virgínia e o esquilo-voador-do-sul.
"Embora os motivos [ou a falta deles] da biofluorescência em mamíferos ainda não tenham sido determinados, é interessante especular" sobre o assunto, reporta Schoen.