França anuncia relaxamento do confinamento, mas mantém toque de recolher a partir das 20 horas

Primeiro-ministro francês deseja que população aproveite período de festas de fim de ano, mas sem aumentar risco de terceiro período de isolamento nos próximos meses no país.
Sputnik

A França anunciou na noite de quinta-feira (10) um relaxamento nas medidas de confinamento a partir da próxima terça-feira (15), informou o jornal Le Monde.

Mas, por outro lado, haverá um toque de recolher incluindo o dia 31 de dezembro, véspera da virada de ano, já que a situação sanitária da epidemia de COVID-19 se deteriora na Europa e se torna particularmente preocupante na Alemanha.

Em Paris, o primeiro-ministro Jean Castex falou sobre a diminuição cautelosa do isolamento. Os atestados de viagem serão abolidos, mas a reabertura de museus, cinemas e teatros será adiada por três semanas. O trabalho virtual "continuará sendo a regra" e o toque de recolher será imposto a partir das 20 horas todos os dias, exceto na véspera do Natal.

O dia 31 de dezembro, que "concentra todos os ingredientes de uma recuperação epidêmica", segundo Castex, também estará sujeito ao toque de recolher.

A França está sob um segundo toque de recolher desde 30 de outubro, após o inicial que aconteceu no segundo trimestre do ano e que durou quase dois meses.

"Estamos em uma espécie de platô", reconheceu o primeiro-ministro. "E o objetivo, embora permitindo aproveitar a época festiva, é reduzir o risco de ter que viver um terceiro confinamento nos próximos meses".

Preocupação em outros países

Na Alemanha, o aumento do número de infecções pela COVID-19 é "preocupante" e "piorou até mesmo desde a semana passada", disse na quinta-feira (10) o Instituto Robert Koch de Vigilância Sanitária (RKI), para o qual novas restrições devem "ser consideradas", como a chanceler Angela Merkel já havia declarado na véspera.

França anuncia relaxamento do confinamento, mas mantém toque de recolher a partir das 20 horas

O país registrou 23.679 novos casos de coronavírus, um recorde, e 440 mortes na quinta-feira (10). No dia anterior, o número de mortes em um único dia havia atingido um recorde de 590.

A Alemanha, apresentada como o "bom aluno" da Europa durante a primeira onda quase no meio do ano, registrou desde o aparecimento do vírus, cerca de 1,2 milhão de infecções e mais de 20 mil mortes, de acordo com dados do RKI.

No Reino Unido, o país mais enlutado da Europa - cerca de 63 mil mortes -, o ministro da Saúde, Matt Hancock, está "particularmente preocupado" com um surto de casos em Londres e no sudeste da ilha. E anunciou uma campanha para preservar os jovens nas áreas mais afetadas.

Na República Tcheca, o governo prorrogou o estado de emergência até 23 de dezembro por causa do aumento do número de infecções, pedindo aos restaurantes que fechassem às 20h a partir de quarta-feira (9).

No campo econômico, o Banco Central Europeu reforçou na quinta-feira (10) seu forte mecanismo de apoio à economia da zona do euro, ainda minado pela pandemia enquanto aguardava a implantação das vacinas.

Ao mesmo tempo, os líderes da União Europeia chegaram a um compromisso para desbloquear o plano europeu de recuperação pós-COVID-19 de 750 bilhões de euros (R$ 4,583 trilhões).

Globalmente, a pandemia causou pelo menos 1.570.398 mortes e infectou mais de 68,8 milhões de pessoas desde o final de dezembro de 2019.

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