Está programado para a próxima segunda-feira (14) o lançamento do cabo submarino de fibra ótica que, segundo o governo federal, irá revolucionar a comunicação entre Brasil e Europa.
O cabo de alta capacidade ligará Fortaleza, no Ceará, a Sines, em Portugal, com previsão de expansão para pontos no Rio de Janeiro e em São Paulo, além de conexões na África. A estimativa é de que o projeto esteja concluído até meados de 2021.
Segundo o ministro Fábio Faria, já existe um cabo ligando o Brasil à Europa, mas sua capacidade de transferência de dados é menor. Segundo técnicos, ele está no fim de sua vida útil. As informações foram confirmadas pelo site do governo federal.
"Nós temos hoje um cabo que já que faz essa conexão, entre Brasil e Europa, e que passa pelos Estados Unidos, mas que já tem quase 20 anos. Nós sabemos que a vida útil de um cabo de fibra ótica que faz esse tipo de tráfego tem uma durabilidade em torno de 25 anos", explicou.
Atualmente, toda a informação que o Brasil envia para a Europa passa primeiro para os Estados Unidos, e de lá segue para data centers europeus. Esse percurso leva o dobro de tempo do que é necessário para fazer a conexão direta entre as duas regiões.
"São quatro cabos de fibra ótica com capacidade de 18 terabytes. Então, vai nos ajudar nesse aumento do fluxo de dados que a gente espera com a chegada 5G", detalhou.
A rede foi projetada para atender às crescentes necessidades do mercado latino-americano, fornecendo conectividade contínua de alta velocidade, o que resulta em melhorias em todas as plataformas de telecomunicações. Espera-se que o serviço traga benefícios para os negócios digitais, além de atrair investimentos, uma vez com a infraestrutura pronta e em funcionamento.
Marcelo Rehder ainda informou que o tráfego de informações por meio de cabos é mais barato e mais rápido. "Se você pegar um satélite, até mesmo o da Telebras, temos uma capacidade de 64 GB. O cabo tem mil vezes mais capacidade e pelo custo da metade de um satélite".