Alex Azar, secretário de Saúde e Serviços Humanos do governo de Donald Trump, disse na quinta-feira (10) que se reuniu com a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden e comentou que 20 milhões de pessoas serão vacinadas "nas próximas semanas", informou a rede de TV a cabo CNN.
Azar disse que o governo está negociando com a farmacêutica norte-americana Pfizer para garantir doses adicionais de sua vacina e disse que "usará todo poder" sob a Lei de Produção de Defesa para ajudar as empresas privadas com as enormes exigências logísticas de vacinar o país.
"Já me reuni com a equipe de transição da Biden. Queremos ter certeza de que eles terão todo o necessário. Quero garantir que qualquer transição seja a mais suave, o mais profissional possível, porque se trata de garantir a saúde e o bem-estar do povo norte-americano e isso é o que me importa", informou Azar, acrescentando que fará contato com Xavier Becerra, o escolhido de Biden para comandar a Secretaria a partir de 21 de janeiro.
Seus comentários chegam em um momento crítico da pandemia. Os casos da COVID-19 e as hospitalizações estão subindo nos Estados Unidos, mas há progressos significativos nas vacinas.
Sem atalhos
O Reino Unido já começou a aplicar o imunizante da Pfizer/BioNTech, tornando-se a primeira nação do mundo a aprovar o uso da vacina Pfizer, e um comitê consultivo da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) norte-americana se reuniria ainda na quinta-feira (10) para analisá-la, um passo fundamental no processo de autorização de uso emergencial.
Perguntado sobre relatórios iniciais fora do Reino Unido, incluindo se pessoas com um "histórico significativo de reações alérgicas" não deveriam receber a vacina Pfizer/BioNTech, Azar disse que a FDA analisaria os dados e falaria com os reguladores britânicos, assegurando que a agência "não vai escolher atalhos".
"Queremos ter certeza de que qualquer vacina que saia nos Estados Unidos tenha o selo de aprovação com padrão completo do pessoal da FDA", comentou ele.
Uma vez que uma vacina seja autorizada pelo órgão, o governo federal então autorizaria o envio dela dentro de 24 horas e a mandaria diretamente para "onde quer que os governadores nos dissessem para onde querem que ela vá", explicou o secretário.
De acordo com ele, o foco inicial serão funcionários da saúde e pacientes de lares de idosos.
"Vinte milhões de pessoas devem ser vacinadas apenas nas próximas semanas e então continuaremos a lançar vacinas até janeiro, fevereiro e março, quando saírem das linhas de produção", informou.