Agência antidrogas dos EUA pede mais agentes e avião espião para suas atividades na América Latina

A organização pede US$ 3,11 bilhões (R$ 15,92 bilhões) para suas operações em 2021, um acréscimo de 15,2% em relação a 2020, justificando com o objetivo de combater o narcotráfico com destino ao país norte-americano.
Sputnik

A Agência de Fiscalização de Drogas (DEA, na sigla em inglês) dos EUA solicitou ao Congresso do país um financiamento de US$ 3,11 bilhões (R$ 15,92 bilhões) para o orçamento de 2021, revela um documento do Departamento de Justiça dos EUA.

Se o montante for confirmado, seria um aumento de 15,2% em relação a seu orçamento de 2020, como indica a solicitação. O valor de US$ 5 milhões (R$ 25,57 milhões) seria para estabelecer e melhorar os novos Programas Judiciários de Interceptação de Fio (JWIP, na sigla em inglês) em Honduras e nas Bahamas, bem como US$ 9,2 milhões (R$ 47,05 milhões) para comprar um avião King Air 350 para fins de espionagem e interceptação.

"[...] Serão utilizados principalmente em países estrangeiros como México, Colômbia, Peru e Afeganistão", de acordo com o documento.

Outra parte do orçamento seria dirigida para abrir 125 postos de trabalho, 32 deles para agentes especiais.

Dos novos postos de trabalho, 13 têm o objetivo de "melhorar os programas e escritórios vitais da agência focados em atacar, interromper e desmantelar organizações criminosas transnacionais (TCO) conhecidas por fornecer substâncias ilícitas a distribuidores e usuários nos EUA", segundo um documento mais extenso sobre o caso.

Por sua vez, três desses 13 empregos seriam para agentes especiais da DEA no México e na América Latina, com um custo de US$ 1,5 milhão (R$ 7,67 milhões).

Os outros dez postos de trabalho são destinados a "expandir as Unidades Bilaterais de Investigação (BIU) da Divisão de Operações Especiais". É projetado que outros US$ 7,8 milhões (R$ 39,89 milhões) sejam atribuídos ao Programa de Unidades de Investigação Sensível (SIU, na sigla em inglês), que são células de policiais infiltrados no crime organizado.

Se o pedido de financiamento for aprovado, a DEA obteria um total de 8.913 empregos.

"As TCO são um grave problema de justiça criminal. Elas devem ser desmanteladas agressivamente através de prisões, processos e confisco de bens, nos EUA ou no exterior", diz a DEA na justificativa que acompanha o pedido de orçamento, referindo em particular o narcotráfico do México, bem como de outros países, que acaba nos EUA.

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