O Grupo de Operações de Segurança Aliado (ASOG, na sigla em inglês), empresa de segurança cibernética com sede no Texas, EUA, contratada para realizar a auditoria eleitoral das urnas de votação Dominion Voting Systems utilizadas no condado Antrim, do estado contestado de Michigan, descobriu que as urnas não só eram propensas a grandes erros de apuração, mas também que pareciam ter sido deliberadamente projetadas para isso.
O grupo indicou em seu relatório que as urnas apresentaram uma taxa de erro de 68% na apuração dos votos, muito além da margem de 0,0008% permitida pela Comissão Eleitoral Federal.
O relatório, parcialmente editado, alegou ainda que a taxa de erro era uma "função", e que as urnas Dominion pareciam "intencional e propositalmente projetadas com erros inerentes para criar fraudes sistêmicas e influenciar os resultados eleitorais".
Segundo o ASOG, "o sistema gera intencionalmente um número extremamente elevado de erros nas cédulas", com cédulas eletrônicas "então transferidas para julgamento", permitindo "julgamento em massa das cédulas sem supervisão, sem transparência e sem pista de auditoria".
O relatório alega igualmente que o software eleitoral foi alterado após a eleição de 3 de novembro para "ofuscar evidências de fraude e/ou corrigir erros de programa que desatestariam a eleição".
Finalmente, o relatório afirmou que todos os registros de segurança do dia das eleições, e os dias anteriores e posteriores a 3 de novembro, desapareceram.
Donald Trump, o presidente dos EUA, reagiu no Twitter, elogiando a "genialidade, bravura e patriotismo do juiz" que autorizou a auditoria.
Estas são grandes notícias. As urnas de votação Dominion são um desastre em todo o país. Mudaram os resultados esmagadores de uma eleição. Não podemos deixar isso acontecer. Obrigado pela genialidade, bravura e patriotismo do juiz. Deveria receber uma medalha!
Aqui está o relatório da auditoria forense das urnas de votação Dominion Voting em Michigan. Em um condado onde 33% dos votos foram mudados eletronicamente de Donald Trump para Joe Biden. Resultados: troca eletrônica. Uma tentativa de apagar registros
Assim, o ASOG recomendou que as urnas de votação Dominion não sejam mais utilizadas em eleições futuras, e sugeriu que os resultados da eleição de 2020 no condado de Antrim do estado de Michigan "não deveriam ter sido certificados".
Críticas ao relatório
O diretor eleitoral de Michigan, Jonathan Brater, criticou a auditoria, dizendo em declarações ao jornal Detroit Free Press que ela "faz uma série de conclusões sem apoio, atribui motivos de fraude e ofuscamento a processos que são facilmente explicados como procedimentos eleitorais rotineiros ou correções de erros, e sugere sem explicação que elementos do software eleitoral não utilizados em Michigan são de alguma forma responsáveis pela apuração ou relato de erros que são inexistentes ou facilmente explicados".
Brater acrescentou que seria realizada uma contagem manual dos votos para "fornecer uma verificação adicional de que os resultados do condado de Antrim são precisos". É planejado que essa auditoria comece na quinta-feira (17).
A própria empresa Dominion Voting Systems rejeitou quaisquer alegações de irregularidades, dizendo em uma declaração que tem sido objeto de uma "campanha contínua de desinformação maliciosa e generalizada" desde a votação de 3 de novembro, e que seus sistemas "passaram por rigorosos protocolos de testes e certificação estaduais e federais" que teriam demonstrado que são "precisos e confiáveis".
Luta pelo poder
Trump perdeu o estado de Michigan para Biden por cerca de 154.000 votos, levando a que os 16 votos do Colégio Eleitoral do estado fossem para o candidato democrata. Desde então, o presidente acusou os funcionários eleitorais daquele estado e de outros de roubar a eleição.
O Colégio Eleitoral dos EUA se reuniu em todos os 50 estados dos EUA para votar formalmente após as eleições presidenciais de 2020, dando 306 votos eleitorais ao candidato democrata Biden e confirmando efetivamente sua vitória.