A revista Época apresentou nesta sexta-feira (18) novas denúncias sobre o caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro e o comando da Abin. A defesa de Flávio relatou que jamais cogitou seguir as orientações que constavam do relatório.
Ao fazer este comentário, a advogada Luciana Pires afirmou que o material enviado pela Abin continha sugestões do presidente do órgão, Alexandre Ramagem. "Não fiz nada. Não vou fazer nada do que ele [Ramagem] está sugerindo. Vou fazer o quê? Não está no meu escopo. Tem coisa que eu não tenho controle", afirmou a defensora.
Segundo a advogada, entre as orientações vindas do diretor-geral da Abin, estava o pedido para que a defesa protocolasse uma petição na Receita Federal solicitando os documentos que embasassem a suspeita de que o senador foi alvo de um grupo criminoso que atuava no órgão.
Segundo Luciana Pires, vieram da Abin os dois relatórios e a recomendação para que a defesa protocolasse uma petição na Receita Federal solicitando formalmente os documentos que embasassem a suspeita de que o senador foi alvo de uma devassa ilegal por servidores do Fisco.
"Nenhuma orientação do Ramagem o Flávio seguiu ou me pediu para seguir. Eu não tenho contato nenhum com o Ramagem. Ele ia ajudar em quê? Ele não tem a menor ideia do que está acontecendo lá dentro (da Receita), eu tenho mais informação do que ele. Ele sugeriu esse monte de ação que ninguém seguiu nada", afirmou.
Alexandre Ramagem na berlinda
Também nesta sexta-feira (18), o deputado Alessandro Molon decidiu entrar com um pedido de afastamento para o diretor da Abin.