Itália anuncia lockdown para o período do Natal e Ano Novo

Italianos só poderão sair de casa por motivos de trabalho e saúde. "Será um Natal diferente", disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte.
Sputnik

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta sexta-feira (18) que o país entrará em lockdown para o período de Natal e Ano Novo. O isolamento se estenderá do dia 21 de dezembro até o dia 6 de janeiro.

Durante este período, lojas, bares e restaurantes deverão permanecer fechados. Será proibido viajar de uma região para outra do país, e os italianos só poderão sair de casa por motivos de trabalho e saúde.

"Será um Natal diferente, mas o sacrifício de todos nós ajudará a aliviar as redes hospitalares e a proteger a saúde, especialmente dos mais frágeis, dos mais fracos e, certamente, dos idosos", disse Conte, em coletiva de imprensa, segundo a RAI.

O lockdown a ser adotado na Itália compreende duas fases diferentes: a chamada zona vermelha, válida para a maior parte dos dias, e a zona laranja, que vale para quatro dias (28, 29 e 30 de dezembro, além de 4 de janeiro). Na zona vermelha, com regras mais rígidas, apenas estabelecimentos de primeira necessidade, como supermercados e farmácias, estarão abertos. Os italianos podem receber até duas pessoas em suas casas, das cinco da manhã às dez da noite.

"É uma medida pensada para permitir um mínimo de socialização", destacou Conte.

Já na zona laranja, os italianos podem circular por suas cidades sem ter de justificar o motivo. Bares e restaurantes permanecem fechados, exceto para entregas em domicílio. As lojas podem ficar abertas até as nove da noite.

"Os mortos continuarão sendo uma ferida aberta em nossa comunidade nacional por todos os anos que virão. Já o são agora", disse Conte.
Itália anuncia lockdown para o período do Natal e Ano Novo

A Itália registrou 674 mortes por COVID-19 nesta sexta-feira (18), além de 17.992 novos casos de infecção.

Primeiro país ocidental a ser atingido pelo novo coronavírus, a Itália registrou 67.894 mortes de COVID-19 desde fevereiro, o maior número de vítimas na Europa e o quinto maior do mundo. Já são 1,92 milhão de casos da doença no país até o momento.

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