MRE: não há militares russos na República Centro-Africana, mas Rússia pondera envio se o país pedir

A Rússia está disposta a considerar possível solicitação da República Centro-Africana sobre um possível envio de militares à região, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov.
Sputnik

"Caso seja solicitado pelas autoridades legítimas [centro-africanas], [enviaremos]. Além disso, a solicitação pode ser enviada não apenas a nós, mas a outros parceiros e amigos", afirmou Bogdanov ao ser questionado sobre envio de contingente militar da Rússia à República Centro-Africana.

"É preciso analisar se [o envio] corresponde às exigências do Conselho de Segurança da ONU, pois lá, algumas questões precisam ser informadas pelo menos por notificação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas", observou.

Bogdanov esclareceu que na República Centro-Africana se encontram instrutores russos, que "não são destacamentos militares nem forças especiais".

Recentemente, Ruanda enviou centenas de soldados à República Centro-Africana, onde as autoridades acusaram o ex-presidente François Bozizé de estar planejando golpe militar com ajuda de grupos rebeldes às vésperas das eleições presidenciais e legislativas.

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Diversos países e entidades tentam manter a paz na região, como é o caso de Portugal, que tem 243 militares no país africano, 188 dos quais com a função de proteger os civis.

No domingo (20), a França, a Rússia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Banco Mundial pediram a François Bozizé e aos grupos armados que depusessem as armas.

Na semana passada, as autoridades da República Centro-Africana acusaram Bozizé, que presidiu a nação de 2003 a 2013 e foi derrubado por rebelião militar, de estar organizando golpe do Estado em meio à escalada de tensões dentro do país antes das eleições agendadas para 27 de dezembro.

No entanto, o ex-presidente negou todas as acusações sobre proximidade com as ações de grupos rebeldes. A candidatura de Bozizé à presidência centro-africana foi rejeitada judicialmente, por estar com mandado de captura internacional desde 2013.

Desde o golpe de 2012, a república tem sido palco de conflitos. Em 2019, seu presidente assinou com os líderes de 14 grupos armados o acordo de paz para cessar hostilidades.

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