Donald Trump está considerando demitir o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone, revelou nesta terça-feira (22) o portal Axios. O presidente dos EUA também estaria dirigindo sua fúria com os resultados eleitorais de 3 de novembro, quando perdeu a reeleição, a alguns de seus aliados mais próximos, incluindo o vice-presidente Mike Pence.
O presidente norte-americano está "atacando" os funcionários da Casa Branca por não terem apoiado ativamente suas propostas para anular os resultados eleitorais e "está se voltando amargamente para praticamente todas as pessoas ao seu redor", incluindo Pence e Cipollone, afirmaram funcionários de alto escalão à mídia.
Cipollone teme especialmente ser despedido por Trump por não parecer leal o suficiente, sugerem as fontes. Em relação a Pence, Trump estaria ficando cada vez mais frustrado com seu outrora dedicado funcionário por não mostrar apoio suficiente para suas alegações de fraude eleitoral. As fontes garantem que se Pence, enquanto presidente do Senado, validar os resultados das eleições durante uma sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro, isso significará a "traição definitiva" para Trump.
A lista de outros alvos de alto cargo atualmente desfavorecidos pelo presidente supostamente inclui o secretário de Estado, Mike Pompeo, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o líder da maioria republicana no Senado Mitch McConnell, que foi um dos primeiros republicanos a parabenizar Joe Biden por sua vitória nas eleições.
Mas a mídia afirma que o prêmio para o "pior emprego em Washington" deve ser concedido a Jeffrey Rosen, que deve assumir como procurador-geral interino dos EUA após o cargo ser vago por William Barr em 23 de dezembro.
"O consenso é que ele [Rosen] não tem a menor ideia da loucura em que ele está entrando", diz o portal Axios.
Trump afirma que ganhou a eleição de novembro, citando fraude eleitoral e adulteração de urnas. Sua campanha entrou com vários processos para contestar os resultados das eleições, mas em 14 de dezembro o Colégio Eleitoral formalizou a vitória do democrata Joe Biden: 302 votos eleitorais contra 232 recebidos por Trump.