O anúncio do nome de Rossi foi feito por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o outro deputado do grupo que era apontado como um dos favoritos para tentar a sucessão de Rodrigo Maia. De acordo com o parlamentar do PP, o bloco reúne 281 deputados, um número que seria suficiente para eleger o mdebista para a presidência da Câmara.
"No projeto que nós integramos da defesa da democracia, da independência da Câmara, da liberdade, eu decidi decidir. Abrir mão da nossa pré-candidatura para que, dando um passo atrás, o Brasil possa dar um passo a frente na consolidação da candidatura do Baleia Rossi", declarou Ribeiro, de acordo com o site G1.
Baleia Rossi é o líder do MDB na Câmara e presidente nacional do partido. O mdebista também é filho de Wagner Rossi, que foi ministro da Agricultura durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e é muito próximo do ex-presidente Michel Temer.
"O que nos une neste momento é a defesa intransigente da nossa democracia, do estado democrático de direito, das liberdades, do respeito as minorias. [...] Pela independência da Câmara, para que a nossa Câmara continue com o protagonismo", disse Rossi durante o anúncio, segundo o G1.
O principal adversário de Baleia Rossi neste momento é Arthur Lira (PP-AL), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e dos partidos PL, PP, PSD, Solidariedade, Avante, PROS, Patriota, Republicanos e PSC.
A oposição formada pelo bloco de esquerda (PT, PCdoB, PSB, PDT), por sua vez, se reuniu na última sexta-feira (18) e anunciou adesão ao bloco formado por Rodrigo Maia. O PT, no entanto, ainda se mostra relutante em apoiar Baleia Rossi devido ao papel de seu partido no impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi no G1, nomes de peso do partido - como a própria Dilma Rousseff e o ex-candidato a presidente Fernando Haddad - fizeram críticas ao MDB. Parte dos integrantes do partido defende que é preciso esperar um pouco mais e que o PT deveria lançar um candidato próprio, e retirá-lo às vésperas da eleição, para marcar posição.
Contudo, outros integrantes da legenda argumentam que essa estratégia seria um erro, pois o partido poderia ficar ainda mais isolado na Câmara.
"A gente corre o risco de repetir o que aconteceu há dois anos e ficarmos isolados", disse o deputado José Guimarães (PT-CE), segundo o blog de Sadi.