Argentina oferece ajuda contra a COVID-19 para Uruguai e Bolívia

O presidente argentino, Alberto Fernández, disse neste domingo (27) que ofereceu ajuda ao Uruguai e à Bolívia para que os países obtenham vacinas contra a COVID-19.
Sputnik

Em uma declaração feita para uma rádio de Buenos Aires, o presidente da Argentina disse que se comprometeu com os governos do Uruguai e da Bolívia para ajudá-los a obter contatos para a compra de vacinas contra o coronavírus. As informações foram confirmadas pelo site uruguaio El País.

O presidente Alberto Fernández disse ter falado com o chanceler uruguaio, Francisco Bustillo, e com o presidente da Bolívia, Luis Arce. Ele afirmou estar ciente do "problema que existe" para obter vacinas em todo o mundo, dada a escassa oferta de imunizantes e a massiva compra de doses pelos países mais desenvolvidos.

​Fernández disse estar "eternamente grato" à Rússia por ter dispensado "atenção generosa" e "singular" à Argentina, que na última quinta-feira (24) recebeu um primeiro lote de 300 mil doses da vacina Sputnik V. "Eles prometeram nos dar uma quantidade muito importante de vacinas para que possamos imunizar os argentinos", disse.

A Argentina inicia na terça-feira (29) o processo de vacinação em massa no país, a começar pelos profissionais de saúde, por meio de doses da Sputnik V.

Os imunizantes chegaram ao país na última quinta-feira (24) pelo aeroporto internacional de Ezeiza. Foi a primeira remessa dessas vacinas, que será ampliada em janeiro para cinco milhões e mais 14,7 milhões em fevereiro, conforme contrato entre Rússia e Argentina.

As declarações de Alberto Fernández

O presidente da Argentina falou sobre a chegada da Sputnik V. Questionado a respeito das dúvidas sobre a qualidade da vacina russa, Fernández pediu "cautela" e para que a população não se deixe levar "por uma guerra que é às vezes geopolítica, e às vezes comercial".

Ele lembrou que por trás da venda de vacinas "há um mercado de dezenas de bilhões de dólares", e afirmou que todos os imunizantes que estão sendo produzidos "são feitos por laboratórios de primeiro nível no mundo, que ninguém ousaria questionar" .

Ele reiterou que "também há um elemento geopolítico" e observou que, enquanto a Pfizer não é chamada de vacina americana, e a AstraZeneca "não é chamada de vacina inglesa, a "Sputnik V" é chamada de vacina russa. Segundo ele, isso pode conotar o tempero depreciativo que alguns querem dar a um instituto de renome mundial que acumulou vários prêmios Nobel em sua história.

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