Será preciso algum tempo para descobrir quais são as suas ideias, mas há indícios de que ele poderá tentar agitar as águas na península coreana, escreve o jornal Nikkei Asia.
Existem muitos fatores que afetam as perspectivas das relações entre Washington e Pyongyang.
Durante um debate presidencial em outubro, Biden chamou Kim de "bandido" e criticou o atual presidente Donald Trump de ser "amigo dele".
Mais tarde, em meados de novembro, a imprensa estatal da Coreia do Norte chamou Joe Biden de "cão raivoso" supostamente em resposta a críticas feitas pelo político ao diálogo entre atual presidente dos EUA e o líder norte-coreano.
O país asiático pode não ser de alta prioridade para a futura administração americana, uma vez que os EUA enfrentam numerosos problemas domésticos, entre os quais a incessante pandemia do novo coronavírus.
Porém, segundo fontes diplomáticas japonesas, norte-americanas e sul-coreanas familiarizadas com questões nucleares, os assessores de Biden e especialistas em política externa instam a um rápido reinício das negociações de desarmamento entre Washington e Pyongyang.
Por trás desses apelos está o arrependimento em relação à política de "paciência estratégica" do governo Obama, em que os EUA viraram as costas à Coreia do Norte permitindo que o país melhorasse rapidamente as suas tecnologias militares.
Segundo projeções, o país asiático tem entre 20 a 60 ogivas nucleares. Para transportá-las foram desenvolvidos mísseis balísticos com trajetórias atípicas, difíceis de localizar e interceptar.
Os objetivos dos EUA em relação à Coreia do Norte são evitar que a situação tensa na península se deteriore ainda mais e buscar reduzir a ameaça direta ao seu continente, dizem os defensores da nova abordagem em relação à Coreia do Norte.
De acordo com ex-oficial de alto escalão sul-coreano, a administração Biden buscará uma desnuclearização faseada da Coreia do Norte, acrescentando que é esse tipo de negociações que Pyongyang também deseja.