Assassinato 'tolo' de Soleimani ajudou a acabar com trumpismo, afirma Rouhani

O reinado "assassino, selvagem e louco" de Donald Trump, que supostamente contribuiu para sua saída do poder nos EUA, será atirado ao "caixote do lixo da história", segundo presidente do Irã.
Sputnik

O reinado do "assassino louco" Donald Trump, presidente dos EUA, logo chegará ao fim, e a situação no Oriente Médio se estabilizará depois que de sua partida, disse nesta quarta-feira (30) o presidente iraniano Hassan Rouhani.

Em rede nacional, Rouhani comentou, em referência ao aniversário de um ano da morte do major-general iraniano Qassem Soleimani, que "uma das consequências deste ato vergonhoso e tolo é o fim do trumpismo. Dentro de poucos dias, o reinado deste assassino, selvagem e louco terminará, e toda a história de seu regime vai para o caixote do lixo da história".

"Estou confiante que depois de Trump a situação relativa a segurança e estabilidade na região se tornará significativamente melhor", acrescentou o alto funcionário do Irã.

Considerando Soleimani um "herói nacional" e uma "fonte de orgulho para todas as nações da região e para todo o mundo muçulmano", Rouhani comentou que seu assassinato foi "uma vingança" contra o Irã e outras nações independentes da região, "uma vingança contra as grandes nações que se colocaram contra as conspirações dos EUA e dos sionistas".

O presidente iraniano também alegou que o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) era uma força "mercenária" para os EUA e Israel, alegando que Tel Aviv forneceu armas aos jihadistas, e que ambos os países se beneficiaram e tiraram proveito "da agitação e insegurança na região". Soleimani era conhecido lutar contra os jihadistas tanto na Síria quanto no Iraque.

Rouhani advertiu que a morte de Soleimani não ficaria impune, sugerindo que se "você cortar as armas de nosso comandante, nós cortaremos sua perna da região".

Aniversário do assassinato

O dia 3 de janeiro marcará o primeiro aniversário da morte por drones de Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, unidade militar extraterritorial de elite do Irã, em Bagdá, Iraque.

A morte, desencadeada pela escalada das tensões entre Washington e Teerã, e as alegações dos EUA de que o Irã estava por trás de ataques a instalações militares no Iraque no final de 2019, evocaram uma resposta inflamada na forma de ataques de mísseis balísticos iranianos a duas bases com soldados norte-americanos em 8 de janeiro de 2020.

Os ataques causaram 109 traumatismos cranianos em soldados norte-americanos. Pouco tempo depois, o Parlamento iraquiano emitiu uma declaração exigindo a retirada de todas as forças dos EUA do país.

Ao longo do ano, os EUA gradualmente retiraram tropas e entregaram várias bases de volta ao Iraque, com o recém-nomeado secretário de Defesa da Trump, Christopher Miller, anunciando no mês passado que o número de militares seria reduzido para 2.500 até 15 de janeiro de 2021.

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