Informações preliminares dão conta de que a explosão teria sido causada por um míssil ou um drone de ataque, segundo a Sky News Arabia.
O recém-formado gabinete de Iêmen foi transferido para o palácio após um ataque no aeroporto da cidade também nesta quarta-feira (30), disseram dois residentes e a mídia local, segundo a Reuters.
Entre os membros do novo governo presentes no palácio estão o primeiro-ministro iemenita Maeen Abdulmalik e o embaixador saudita no Iêmen, Mohammed Al-Jaber.
Abdulmalik escreveu um tweet de dentro do palácio de Maashiq: "Nós e os membros do governo estamos na capital temporária de Áden e todos estão bem. O ato terrorista covarde que teve como alvo o aeroporto de Áden é parte da guerra que está sendo travada contra o Estado iemenita e seu grande povo", disse o primeiro-ministro.
"O governo permanecerá em Áden e continuará a cumprir todas as suas tarefas e responsabilidades de acordo com a vontade do povo, os ataques terroristas não afetarão a tarefa do governo de fortalecer o país no combate ao terrorismo até a vitória nesta batalha. Não aceitamos outro destino", disse o primeiro-ministro em vídeo publicado no Twitter.
Não se sabe a motivação do ataque, e não houve relatos imediatos de vítimas.
Explosão no aeroporto
Nesta quarta-feira (30), uma explosão atingiu o aeroporto de Áden assim que um avião transportando o novo governo do Iêmen pousou no local. A contagem de vítimas segue sendo atualizada e, atualmente, está em 26 mortos e mais de 50 feridos, segundo a AFP.
Autoridades iemenitas disseram que a explosão no aeroporto foi provocada pelos rebeldes Ansar Allah, conhecidos como Houthis. Muhammad Al-Bakhiti, membro do gabinete político Houthi, disse, no entanto, que o movimento rebelde "não teve nada a ver com o ataque ao aeroporto de Áden e os bombardeios foram o resultado do acerto de contas entre diferentes grupos do governo".
Vídeos do ataque ao aeroporto circulam pelas redes sociais.
NOVO - vídeo mostra um míssil que atingiu o aeroporto de Áden no #Iêmen hoje mais cedo.
O novo governo do Iêmen havia acabado de chegar a Áden, cidade que se tornou a capital temporária das autoridades internacionalmente reconhecidas do Iêmen depois que os Houthis tomaram o controle de Sanaa e do norte do país.
O enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, Martin Griffiths, condenou os ataques em Áden, por meio de um comunicado. "Desejo força ao gabinete para enfrentar as difíceis tarefas que temos pela frente. Este ato inaceitável de violência é um lembrete trágico da importância de trazer o Iêmen de volta urgentemente ao caminho da paz", disse Griffiths, conforme noticiado pela Reuters.