O governo de São Paulo estendeu até 7 de fevereiro a quarentena no estado. A medida, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (31), prorroga pela 15ª vez o decreto originalmente assinado em 22 de março que reconheceu a epidemia da COVID-19.
O governador João Doria (PSDB) vem periodicamente renovando os prazos. A última prorrogação valeria até 4 de janeiro, por isso, segundo a assessoria de comunicação do governo, a revalidação já foi anunciada.
A extensão desta quinta-feira (31) não altera o Plano São Paulo que determina o que pode ou não funcionar em cada cidade paulista.
Com o novo avanço da doença, o Centro de Contingência da COVID-19 deixou todo o estado em fase vermelha perto das datas comemorativas deste fim de ano. A mudança valeu entre os dias 25 e 27 de dezembro e volta para 1º, 2 e 3 de janeiro.
Nesses períodos, só podem funcionar serviços essenciais, como supermercados e farmácias. Bares e restaurantes devem permanecer fechados.
Os números de São Paulo
A partir da segunda-feira (4), o estado retorna à fase amarela, na qual os estabelecimentos operam com horário e lotação limitados. É esperada para a próxima quinta-feira (7) uma nova avaliação.
São Paulo registrou em dezembro, comparando com novembro, um aumento de 68% nos casos. Os registros passaram de 125.526 para 210.425. As mortes causadas pela doença subiram 57% passando de 2.784 para 4.382.
Os dados do governo mostram ainda que a quantidade de casos em dezembro é quase sete vezes superior à dos três primeiros meses da pandemia, já que, de fevereiro e abril, foram computados 28.699 casos.
Em termos de óbitos, o número é quase o dobro do registrado nos três primeiros meses: 4.382 em dezembro contra 2.375 na soma daquele trimestre.
Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (31), na avaliação do ano, o estado encerra 2020 com 1.462.297 casos e 46.717 óbitos por COVID-19.