Dois manifestantes morreram por impactos de projéteis durante os protestos de agricultores, que bloquearam uma importante rodovia na região. A terceira vítima morreu depois de se desequilibrar de um ônibus.
No norte do Peru, a polícia voltar a matar. Nestes dias, um congressista terrorista na sessão plenária afirmou que metam bala nos agricultores.
Antes, os líderes dos agricultores convocaram a todos os camponeses para se unirem para exigir melhores condições de trabalho, bem como o aumento do pagamento diário.
A presidente do Congresso, Mirtha Vásquez, condenou as mortes, ordenando "o cessar da repressão policial", e pediu para parar de "criminalizar o protesto".
Chega de criminalizar o protesto! Duas pessoas morreram hoje pelo impacto de projéteis durante os protestos dos trabalhadores agrícolas em La Libertad. Condeno estes fatos lamentáveis, ordeno o cessar da repressão policial e que se punam os responsáveis. Nem um morto mais!
O confronto deixou mais de 24 feridos, dos quais 15 são policiais, bem como uma criança recém-nascida, que foi intoxicada pelos gases lacrimogênios.
Os trabalhadores agrícolas estão descontentes com a lei que aumentou em US$ 2,5 (R$ 13) a diária, enquanto eles exigiam ao menos US$ 8,5 (R$ 44).
As empresas agroexportadoras do país recebem o apoio estatal por duas décadas pagando menos impostos, inclusive que as pequenas empresas de outros setores.
O Peru é o primeiro exportador mundial de mirtilo e no país existem aproximadamente 300.000 trabalhadores agrícolas. A agroexportação movimenta mais de US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões) anuais em frutas e hortaliças aos mercados da Europa, EUA e China.
Os protestos começaram no início de dezembro, quando um manifestante morreu, causando a revogação de uma antiga lei e a promessa do Congresso de uma nova regra que, após ter sido aprovada, também gerou manifestações.