Senado descobre US$ 5 mi dos contribuintes enviados pela administração Obama à afiliada da Al-Qaeda

O Senado dos EUA descobriu que a agência humanitária Visão Mundial Estados Unidos enviou dinheiro a uma organização ligada ao grupo terrorista, afirmando não saber que estava sancionada.
Sputnik

Uma investigação do Senado dos EUA descobriu que a administração de Barack Obama em 2014 aprovou o envio de fundos do governo federal para Agência Islâmica de Socorro (ISRA, na sigla em inglês), organização sancionada por seus laços com o terrorismo.

A transação entre a Visão Mundial Estados Unidos (WVUS, na sigla em inglês), uma agência humanitária sem fins lucrativos, e a ISRA, foi revelada em 22 de dezembro em um relatório divulgado recentemente por Chuck Grassley, presidente do Comitê de Finanças do Senado.

A investigação descobriu que a WVUS não sabia que a ISRA estava sancionada pelos EUA desde 2004, após canalizar uma soma estimada em US$ 5 milhões (R$ 25,97 milhões) para o Maktab al-Khidamat, também conhecido como o Departamento de Serviços Afegãos, precursor da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), controlada por Osama bin Laden.

Ignorância não é desculpa

Não foi encontrada nenhuma prova de que a WVUS intencionalmente tentou se esquivar das sanções dos EUA através de uma parceria com a ISRA, de acordo com as conclusões do relatório do Senado dos EUA.

"No entanto, com base nas provas apresentadas, concluímos que a Visão Mundial tinha acesso às informações públicas apropriadas e deveria ter sabido como, mas não conseguiu, vetar corretamente a ISRA como uma subgarantia, resultando na transferência de dólares dos contribuintes americanos para uma organização com um extenso histórico de apoio a organização terrorista [sic] e terroristas, incluindo Osama bin Laden", resumiu a investigação.

"A Visão Mundial tem o dever de assegurar que os fundos adquiridos do governo dos EUA ou doados pelos americanos não acabem apoiando a atividade terrorista", recomenda o relatório, acrescentando que seria necessário um sistema mais "robusto" e confiável de triagem para restaurar a confiança do público de que "as contribuições feitas à Visão Mundial não estão financiando organizações ilícitas".

Em resposta ao relatório, a organização sem fins lucrativos emitiu uma declaração em que ressaltava que "leva a sério as obrigações de cumprimento e compartilha o objetivo do senador Grassley e da equipe do comitê de boa administração", agradeceu por ter seu papel reconhecido como não proposital, e acrescentou:

"O terrorismo é contrário a tudo o que a Visão Mundial representa como organização, e condenamos fortemente qualquer ato de terrorismo ou apoio a tais atividades."

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