Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, disse que a Rússia não representa uma ameaça militar direta para a Aliança Atlântica, citou o jornal francês Le Point na quinta-feira (31).
Em resposta à pergunta do jornal se a Rússia é o país "inimigo número um" da aliança, Stoltenberg comentou que a OTAN "não concede números".
"Não vejo a Rússia representando uma ameaça direta, na forma de um ataque militar, mas vejo a Rússia se tornando mais forte, usando seu potencial militar contra seus vizinhos, Geórgia e Ucrânia", declarou.
A Rússia supostamente "intervém nos processos democráticos" nos Estados Unidos e na França, e "está por trás de ataques cibernéticos" contra os parlamentos da Alemanha e da Noruega, segundo o secretário-geral da OTAN.
A classe política no Ocidente, especialmente na Polônia e nos países bálticos, frequentemente faz alusão à suposta "ameaça russa", apesar de declarações frequentes de Moscou que nunca atacaria nenhum dos países da OTAN.
Segundo Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, a Aliança Atlântica está usando esse pretexto para aumentar sua presença militar perto das fronteiras russas.