Os cinco novos países participaram de uma primeira reunião com o objetivo de aprovar uma agenda proposta pelo atual presidente do conselho, a Tunísia, escreve o The Economic Times. Eles chegam em um momento de crescente polarização no órgão, que é encarregado de manter a paz e a segurança mundial.
A Assembleia Geral da ONU escolheu em junho os cinco novos membros não permanentes do Conselho de Segurança para 2021 e 2022. Djibuti e Quênia se enfrentaram por uma cadeira, enquanto Canadá, Noruega e Irlanda disputaram outras duas. Para a região da América Latina e Caribe, o México já tinha vaga assegurada, foi candidato único. A mesma situação para Índia, no grupo Ásia-Pacífico.
Neste ano, o conflito entre Armênia e Azerbaijão, por causa de Nagorno-Karabakh, dominou a agenda do Conselho de Segurança da ONU. Os 15 integrantes - incluindo os membros fixos - discutiram a crise em diversos encontros. No dia 29 de setembro, dois dias depois do início das hostilidades, o Conselho já tinha divulgado um comunicado pedindo o fim das agressões.
"Os membros do Conselho de Segurança expressaram apoio ao apelo do secretário-geral para os lados pararem imediatamente os combates, diminuírem as tensões e retornarem às negociações sem demora", afirmaram.
O representante alemão observou que Berlim é o segundo maior doador de todo o sistema da ONU, e disse que o país tem um interesse legítimo em obter um assento permanente no seleto grupo.
As propostas de expansão do Conselho de Segurança feitas por Alemanha, Japão, Índia, Brasil e outros países são discussões de décadas. Foram realizados acordos neste sentido, mas com poucos detalhes.
Em uma breve retrospectiva dos trabalhos em 2020, o Conselho de Segurança da ONU mediou as divergências entre Irã e EUA, trabalhou na crise em Nagorno-Karabakh, enfrentou a pandemia de COVID-19, mediou parte dos acordos nucleares do Irã, discutiu a soberania da Venezuela, e tratou das conturbadas relações entre China e EUA.
O Conselho
Os novos países terão assentos não permanentes no conselho de 15 membros por dois anos. Os membros permanentes, vale lembrar, são: Rússia, China, Estados Unidos, França e Reino Unido. Essas nações detêm poder de veto.
Embora o poder de veto por qualquer um dos membros permanentes tenha sido usado dez vezes ou menos de 1990 a 2000, ele foi usado em 31 ocasiões de 2010 a 2019, e cinco vezes somente no ano passado.
O Conselho de Segurança atua em muitas zonas de conflito e crises em todo o mundo, principalmente por meio de mais de uma dúzia de operações de manutenção da paz envolvendo cerca de 100.000 soldados de Estados membros da ONU.