Militares franceses disseram que "várias dezenas" de jihadistas teriam sido mortos, no último domingo (3) em um ataque aéreo liderado por caças da França perto do vilarejo de Bounti, informação ainda não confirmada pelo governo do Mali.
Um oficial ouvido pela AP negou qualquer conexão entre o bombardeio e uma possível festa de casamento, dizendo que isso não corresponderia às informações coletadas previamente. Segundo ele, a operação foi realizada após uma missão de inteligência de vários dias que mostrou uma "reunião suspeita de pessoas". Os militares franceses concluíram que se tratava de um "grupo armado terrorista" com base nas atitudes dos indivíduos, equipamentos e outras informações de inteligência.
O ataque em questão faz parte de uma operação em larga escala das tropas francesas com o objetivo de combater terroristas islâmicos na região do Sahel. Vários soldados franceses foram mortos no Mali na semana passada, quando um dispositivo explosivo improvisado atingiu um veículo blindado em que eles estavam.
Um homem ferido no ataque de domingo (3) disse à Associated Press que os extremistas abordaram um grupo de civis que estavam celebrando um casamento e exigiram que os homens presentes fossem separados das mulheres.
"Estávamos cumprindo as ordens quando ouvi o som de um avião e, imediatamente, um ataque vindo de cima. Depois disso, eu não vi nada porque estava inconsciente'', afirmou a vítima, em condição de anonimato, durante recuperação em um centro de saúde.