A cobrança aconteceu durante uma reunião por teleconferência de alguns governadores com o secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros. Participaram da reunião Wellington Dias (governador do Piauí), Ronaldo Caiado (Goiás), Helder Barbalho (Pará), Waldez Goes (Amapá) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
Ao G1, Wellington Dias contou que a resposta ouvida pelos governadores foi que as cobranças seriam encaminhadas ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Nossa expectativa era de que houvesse alguma definição. A reunião foi até estressante. Cobramos uma data e não nos foi fornecida. Quando chegam os insumos? Quando começa a vacinação? O secretário disse que iria levar nossa demanda ao ministro Pazuello", disse Dias.
Wellington Dias disse ainda que propôs para a próxima segunda-feira (11) uma reunião conjunta entre os três Poderes, com representantes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do ministério da Saúde, para discutir o calendário nacional de vacinação com as fabricantes de vacinas e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"O Brasil está ficando no final da fila. Há um atraso inexplicável", afirmou Dias.
Em dezembro, Pazuello disse que a previsão para o início da vacinação no Brasil é para o final de janeiro, "na melhor hipótese", ou para o final de fevereiro, "na pior hipótese". Neste domingo (3), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a vacinação pode começar no dia 20 de janeiro.
Já João Doria, governador de São Paulo, mantém para o dia 25 de janeiro a previsão do início da imunização no estado.