'Dedos no gatilho': Teerã avisa que seu Exército está pronto para responder a qualquer provocação

Recentemente, o Exército iraniano conduziu seus primeiros exercícios de grande escala de dois dias, envolvendo veículos aéreos não tripulados na província de Semnan, no norte do país.
Sputnik

Estes exercícios de treinamento se realizaram em meio a mais um aumento das tensões entre Teerã e Washington, com o Irã aumentando sua retórica de "vingança" relacionada ao aniversário do assassinato de seu importante comandante, o major-general Qassem Soleimani, pelos EUA por ordem de Trump.

O Irã lançou assim um aviso aos EUA de que está preparado para se defender de qualquer agressão vinda das forças inimigas na região.

O presidente do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohammad Baqeri, advertiu na terça-feira (5) que as Forças Armadas do país "têm os dedos no gatilho" para responder a qualquer provocação. Também referiu que, "embora a República Islâmica do Irã não tenha intenção de realizar um ato de agressão e violação contra qualquer país vizinho, está totalmente pronta [para conter] qualquer ameaça", citado pela mídia estatal. Baqeri criticou o acumulo militar em curso pelos "militares terroristas e criminosos" dos EUA na área enquanto decorriam os exercícios em grande escala do Exército iraniano.

Exército do Irã inicia exercícios de drones em grande escala de dois dias, incluindo "centenas de drones de combate, vigilância, reconhecimento e guerra eletrônica". O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Hossein Baqeri, participou do evento em uma área desértica da província de Semnan.

Antes, o comandante da Divisão Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), general de brigada Amir-Ali Hajizadeh, alertou certos países árabes da região sobre as consequências adversas da cooperação com os EUA e Israel. Em caso de cooperação com os últimos, seriam esses países árabes a sustentar a maioria dos danos em caso de uma possível guerra na região. "Se algo acontecer aqui [na região] e uma guerra estourar, não faremos distinção entre as bases americanas e os países que as hospedam", declarou Hajizadeh.

Os exercícios são uma resposta à decisão dos EUA de reverter o plano inicial de retornar o porta-aviões USS Nimitz, posicionado no golfo Pérsico, à sua base.

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