O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou em um comunicado emitido nesta quinta-feira (7) que a Boeing concordou com a proposta que inclui dinheiro para os familiares das vítimas, para os clientes das empresas aéreas e para as próprias companhias de transporte, além de uma multa.
O 737 MAX entrou em serviço em 2017, mas, em 29 de outubro de 2018, uma aeronave operada pela Lion Air da Indonésia se acidentou ao mergulhar direto no mar de Java. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês), no entanto, permitiu que o 737 MAX continuasse voando, até que, em 10 de março de 2019, caiu em um campo na Etiópia outra aeronave, operada pela Ethiopian Airlines. Somados os dois acidentes, todas as 346 pessoas que estavam a bordo dos aviões morreram.
Após os acidentes com os dois aviões, a Boeing redesenhou o sistema de controle de voo automatizado do modelo, que, devido a uma falha, fazia com que os narizes de ambas as aeronaves acidentadas apontassem para baixo, com base em uma leitura incorreta de apenas um sensor. A companhia alterou o sistema para que ele passasse a utilizar sempre dois sensores, e também fez outras modificações para facilitar a conversão pelos pilotos do sistema automatizado para a pilotagem manual.
Em novembro, a agência de aviação dos EUA aprovou as mudanças da Boeing, e várias companhias aéreas voltaram a usar os aviões. O primeiro voo comercial de retorno do 737 MAX foi realizado pela companhia aérea brasileira Gol Linhas Aéreas, no dia 9 de dezembro, cobrindo a rota entre São Paulo e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.