Manifestantes anti-racistas seriam tratados de maneira 'muito, muito diferente', diz Biden

Joe Biden criticou a invasão ao Capitólio por apoiadores de Donald Trump nesta quinta-feira (7), em declarações feitas de Wilmington, Delaware, cidade onde mora.
Sputnik

Biden lamentou o episódio repetidas vezes, e ressaltou que, caso os manifestantes fossem membros do grupo Black Lives Matter, o tratamento dado por parte da polícia e das autoridades teria sido outro.

"Ninguém pode me dizer que se fosse um grupo de manifestantes Black Lives Matter protestando ontem, eles não teriam sido tratados de maneira muito, muito diferente da multidão de vândalos que invadiram o Capitólio. Todos nós sabemos que isso é verdade, e é inaceitável, afirmou Biden.

Pelo menos quatro pessoas morreram durante a invasão ao Capitólio, incluindo uma veterana da Força Aérea, que foi baleada dentro do Capitólio por um policial, que foi suspenso.

Para Biden, o dia 6 de janeiro de 2021 é "um dos dias mais sombrios da história" dos EUA. O presidente eleito afirmou que os invasores do Capitólio não devem ser chamados de "manifestantes" e, sim, de "terroristas domésticos", conforme publicado pela Reuters.

Manifestantes anti-racistas seriam tratados de maneira 'muito, muito diferente', diz Biden

Além disso, o presidente eleito culpou Donald Trump diretamente pela violência vista em Washington nesta quarta-feira (6): segundo Biden, Trump é culpado de "tentar usar uma multidão para silenciar as vozes de quase 160 milhões de americanos" que foram às urnas em novembro.

Biden afirmou ainda que o presidente "deixou claro seu desprezo por nossa democracia e nossa Constituição" e acusou Trump de ter "desencadeado um ataque impiedoso às instituições democráticas americanas".

Nesta quarta-feira (6), apoiadores de Trump invadiram o edifício do Capitólio em Washington, com o objetivo de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições, realizada em sessão do Congresso. A invasão aconteceu depois que Trump fez um discurso para dezenas de milhares de simpatizantes nos arredores da Casa Branca.

Nesta quinta-feira (7), congressistas dos EUA pediram a destituição de Donald Trump por conta do episódio.

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