De acordo com a publicação, incialmente a produção será destinada para a exportação, para os países da América Latina que já aprovaram o uso do imunizante desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya com apoio do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), como Argentina e Bolívia.
As doses serão produzidas no Distrito Federal na fábrica Bthek, pertencente à farmacêutica União Química, que é a parceira do RFPI para a produção da Sputnik V no Brasil, e depois será envasada e fracionada na cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Brasil começará produção da Sputnik V em 15 de janeiro.
No dia 29 de dezembro, a farmacêutica submeteu o pedido para a realização de testes clínicos da fase 3 no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda está analisando a solicitação.
"A agência pediu complementação de informações. Até o momento, não recebemos os dados necessários para continuar a análise", esclareceu a agência reguladora brasileira ao Correio Braziliense.
A União Química, por sua vez, informou à publicação do Distrito Federal que já enviou o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) à Anvisa para iniciar a produção do imunizante, e acrescentou que submeterá as informações requisitadas pela agência reguladora para a realização dos testes clínicos ainda nesta semana. A empresa pretende iniciar os estudos da fase 3 assim que o pedido for aprovado.
Mais de 1,5 milhão de pessoas já foram vacinadas com a Sputnik V no mundo até este domingo (10), informou o RFPI em uma nota de imprensa enviada à Sputnik Brasil.
O imunizante já foi aprovado em Argélia, Bielorrússia, Sérvia, Argentina, Bolívia e o processo de aprovação da vacina na União Europeia (UE) já foi iniciado. A Sputnik V foi registrada pelo Ministério da Saúde da Rússia em 11 de agosto de 2020, tornando-se a primeira vacina registrada contra COVID-19 no mundo. De acordo com o Centro Gamaleya, sua eficácia é superior a 91,4%.