Começou hoje (11) o One Planet Summit (Cúpula De Um Planeta) que, em razão da pandemia de COVID-19, está sendo feito por videoconferência, de modo on-line. Ao todo, cerca de 30 chefes de Estado, empresários e representantes de ONGs participarão das discussões, escreve a Rádio França Internacional.
Entre as personalidades, o presidente do Banco Mundial, David Malpass; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; a chanceler alemã, Angela Merkel; e o chefe de governo do Reino Unido, Boris Johnson, que organiza a próxima conferência da ONU sobre o clima.
A COP26 deve acontecer em novembro de 2021, em Glasgow, na Escócia. O Brasil também não estará neste evento devido às posições negacionistas do presidente Jair Bolsonaro na área do clima.
"A crise sanitária evidenciou a necessidade de reequilibrar nossa relação com o meio ambiente, e esta cúpula representa uma rara oportunidade de mostrar ambição e determinação nessa direção", disse Marco Lambertini, diretor-geral da organização de conservação global WWF Internacional, e um dos participantes da One Planet Summit.
Para o presidente da França, trata-se de uma "oportunidade de convergência entre temas que muitas vezes são tratados separadamente". Perante as epidemias e o aquecimento global, "a preservação da biodiversidade se tornou nosso seguro de vida coletivo", afirmou Macron em sua nota sobre o encontro.
O One Planet Summit será precedido por um fórum de captação de recursos para impulsionar o projeto da Grande Muralha Verde, idealizado por uma coalização de países africanos há vários anos. Esse programa complexo e ambicioso busca combater a desertificação em torno do Saara. As autoridades africanas esperam levantar US$ 10 bilhões (pouco mais de R$ 55 bilhões) em investimentos para o período de 2021 a 2025.
Ao longo dos encontros, a cúpula pretende relançar a "coalizão de alta ambição pela natureza", cujos participantes são: França, Reino Unido e Costa Rica. O grupo pretende integrar cerca de 50 países a partir desta segunda-feira (11). O objetivo é obter de cada participante o compromisso de transformar 30% de seus territórios em áreas protegidas. "Um compromisso fundamental" para as próximas negociações globais sobre a biodiversidade, afirma o governo da França.