A descoberta foi feita em 1º de janeiro na comunidade de Hidalgo Amajac, após confirmação de arqueólogos de que se trata da primeira estátua deste tipo encontrada na bacia do rio Tuxpan.
O artefato pertence à cultura huasteca e pode ser do Pós-clássico Tardio (1425 d.C. – 1521 d.C.), informou na sexta-feira (8) Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México.
O objeto esculpido em pedra calcária mede 60 centímetros na sua parte mais larga e tem cerca de 25 centímetros de espessura.
O bom estado de conservação permite observar alguns detalhes da escultura, tais como uma boca aberta e grandes olhos, que devem ter sido recheados com incrustações de obsidiana ou outra espécie de pedra.
Não se sabe ao certo quem é representada na estátua, que, pelos traços, pode ser de uma jovem de elite.
É "possivelmente uma governante por sua postura e vestimentas, mais do que uma divindade, como foram representadas quase todas as esculturas huastecas femininas associadas à deusa Tlazoltéotl", explicou a arqueóloga do INAH, María Eugenia Maldonado Vite.
A escultura poderia ser "uma fusão tardia das deusas Teem com as representações de mulheres de alto status social ou político na [cultura] huasteca", ressaltou. Essas deusas faziam parte de culto à fertilidade.