A execução se deu no complexo penitenciário de Terre Haute, estado de Indiana, quando a mesma foi dada como morta à 01h31 (02h31, no horário de Brasília).
A pena foi cumprida após Lisa receber uma injeção letal. A mulher também se tornou a 11ª pessoa a receber tal injeção na referida penitenciária após os EUA retomarem execuções federais depois de um hiato de 17 anos, publicou a agência Associated Press.
Antes de falecer, a mulher foi perguntada se gostaria de expressar suas últimas palavras, ao que se recusou dizendo apenas "não".
Suprema Corte ordena execução da "Cortadora de Ventre" Lisa Montgomery
Crime
A razão da pena foi o assassinato da jovem Bobbie Jo Stinnett, de 23 anos, na cidade de Skidmore, estado do Missouri, em 2004.
Na ocasião, Montgomery cortou o ventre de Stinnett, que estava grávida, com uma faca de cozinha para remover o bebê, fazendo uma cesárea forçada e em condições precárias. Logo em seguida, ela tentou fugir com a criança dizendo que a mesma era sua.
Apesar da morte de Stinnet, a criança sobreviveu e hoje tem 16 anos e se chama Victoria Jo.
A defesa de Montgomery alegou que a mulher sofria de problemas mentais para livrá-la da pena de morte, o que foi desconsiderado pela Justiça.
Além disso, a defesa também afirmou que Montgomery sofreu tortura sexual durante a infância causando-lhe problemas emocionais.
Contudo, a Justiça entendeu que a mesma cometeu o crime de forma premeditada após dirigir por 274 km de sua cidade Melvern até Skidmore para realizar o crime.
Antes da execução de Lisa, a última mulher a sofrer tal pena nos EUA foi Bonnie Brown Heady, em 18 de dezembro de 1953, por sequestrar e matar uma criança de seis anos em Missouri.
Já a última mulher a ser executada por um estado foi Kelly Gissendaner, de 47 anos, em 30 de setembro de 2015 na Geórgia. A mulher foi condenada em 1997 por matar seu marido Douglas Gissendaner em conluio com amante.