Na segunda-feira (11), a agência de notícias Yonhap reportou que militares sul-coreanos detectaram sinais de desfile militar em Pyongyang na noite de domingo (10). Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, teria comentado a declaração sul-coreana, segundo a agência KCNA.
"Há mais de 200 países no mundo, mas só a Coreia do Sul mostra atitude hostil e suspeitosa conhecida pelo uso de tais frases como 'captura do evento' e 'rastreamento preciso' de celebrações no Norte", declarou Kim Yo-jong, contando que a capital norte-coreana está organizando uma série de eventos para celebrar o Oitavo Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Segundo a irmã de Kim Jong-un, as palavras usadas pelas autoridades sul-coreanas são "uma óbvia expressão de abordagem hostil aos concidadãos do Norte".
"Estamos apenas realizando um desfile militar na cidade capital, e não exercícios militares visando alguém ou lançando algo. Por que eles [sul-coreanos] se dão ao trabalho de levantar o pescoço para acompanhar o que está acontecendo no Norte?", indagou.
"Os sul-coreanos são, de verdade, um grupo bizarro e difícil de entender. Eles são idiotas e estão no topo da lista de mau comportamento, uma vez que eles só estão interessados em coisas que provocam risos no mundo."
As inteligências sul-coreana e norte-americana, citadas pelo NK News, têm "atentamente monitorado [a situação], considerando a possibilidade de o desfile ter feito parte do evento do Congresso do Partido ou ter sido 'prática' com antecedência".
A irmã do líder norte-coreano é apontada como sendo "o número dois" no Partido dos Trabalhadores da Coreia, com muitos indagando a possibilidade de Yo-jong se tornar "a primeira ditadora da história contemporânea", segundo jornalista veterano Donald Kirk, citado pela Independent.
Quando surgiram alegações de "graves" problemas de saúde de Kim Jong-un, Kim Yo-jong foi considerada a possível sucessora de seu irmão.